O artista português Alexandre Farto interage visualmente com o ambiente urbano sob o nome de Vhils desde o início dos anos 2000. Aplicando seus métodos originais de destruição criativa, Vhils escava as camadas superficiais de nossa cultura material como um arqueólogo urbano contemporâneo, expondo o que está além da superficialidade das coisas, tornando visível o invisível e restabelecendo significados e belezas. Sua inovadora técnica de escultura em baixo-relevo foi aclamada como uma das abordagens mais atraentes para a arte criada nas ruas na última década. Essa forma impressionante de poesia visual, exibida em todo o mundo em ambientes internos e externos, foi descrita como brutal e complexa mas imbuída de uma simplicidade que fala do núcleo das emoções humanas. Um experimentalista ávido, Vhils tem desenvolvido sua estética pessoal em diferentes mídias além da escultura: pintura em estêncil, gravura em metal, instalações, etc. Suas obras falam de degradação mas também de resistência, de destruição mas também de beleza, explorando as conexões, contrastes, semelhanças e diferenças entre as realidades.